O último mês tem sido marcado pela “crise”.
A crise económica, a crise social, a crise do desemprego, a crise da educação, a crise política.
No entanto, talvez só haja uma verdadeira crise: a crise cultural.
Os portugueses vivem há dezenas de anos uma cultura de facilitismo, de irrealidade, de irresponsabilidade nas mais variadas áreas de actividade.
Ano após ano, as consequências vêm-se agravando. Os mais atentos e responsáveis vão chamando a atenção, mas como é algo mais exigente, passivamente vamos arrumando a coisa para o lado e esperamos…
Esperamos uma tragédia. Começa a estar à vista!
Há muito que a governação deveria ter sido chamada à pedra. Há muito que se lhe devia ter sido exigido responsabilidade. Mas ainda há relativo pouco tempo o povo português lhe deu a confiança.
Confiança que foi desbaratada.
E a irresponsabilidade continua. Quando já é manifestamente evidente a incapacidade de Portugal fazer face aos seus compromissos, o Governo ainda reclama um “oásis”. (Ainda se lembram do oásis de outrora?)
Os portugueses vão viver, por muitos anos, os efeitos da actual crise da governação de José Sócrates.
Mas é imperioso acabar com uma governação que não o soube ser, não o quis ser, nem tem competência para o ser.
Em Junho, o povo português tem de dar um sinal claro e inequívoco de mudança.
Publicado na edição on-line de "O Basto" - Abril/2011
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