Só há liberdade e democracia onde há independência.
Portugal fez uma “revolução” em 1974, para dar liberdade e democracia ao povo, já que não se discutia a independência.
Salazar e Caetano tinham assegurado, até, um estatuto de “orgulhosamente sós”, porque a independência de Portugal o colocava fora dos circuitos dos poderes instalados na comunidade internacional.
Otelo Saraiva de Carvalho, um dos estrategas do “25 de Abril”, veio agora dizer que se sabia o que viria a acontecer em Portugal, nunca teria participado na revolução.
Porquê tanta desilusão?
Porque Portugal acaba de perder a sua independência.
Ao reconhecer o estado de pré-falência, o Governo pediu a ajuda internacional, sujeitando-se às medidas que nos vierem a ser impostas. Aqui acaba a nossa capacidade de escolha, a nossa capacidade de decidir, a nossa capacidade de autonomia.
Passaremos a executar as medidas que os nossos credores nos imporão.
Foi este o ponto onde nos levaram as medidas e as teimosias de um (des)governo liderado por um homem que só tem um objectivo: manter-se no poder a qualquer custo.
Com a sua atitude, não hesitou em colocar Portugal na bancarrota, fazendo-nos perder a independência, hipotecando a democracia e a liberdade.
Como diz o ministro Luís Amado, temos de sair da situação actual de "vergonha" e “humilhação" face ao estrangeiro, a que nos conduziram.
Temos agora de fazer uma revolução financeira para reganhar a independência e, com ela, a liberdade e a democracia.
Esta é agora a nossa prioridade. Precisamos de estar conscientes das dificuldades, das condicionantes, da factura pesada que teremos de pagar.
Mas primeiro teremos de punir claramente quem nos arrastou para o abismo, sob pena de lá continuar.
Dia 5 de Junho temos a oportunidade de fazer justiça pelas próprias mãos.
Começou a caminhada
No dia 2 de Abril, comecei uma nova caminhada.
Na sequência do desafio a que me propus, o PSD tem uma nova Comissão Política, que procurará levar o partido à vitória nas batalhas políticas que se avizinham.
E começa já em Junho, com as legislativas.
É óbvio que continuarei, aqui em “O Basto”, a defender as minhas ideias, a lutar pelos mesmos princípios por que sempre pautei a minha conduta.
Agora com responsabilidades acrescidas.
Publicado na edição de Abril de "O Basto"
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