Desde os quinze anos que estou ligado aos jornais. Mais tarde tive também uma participação numa rádio local.
Sempre entendi o fenómeno da imprensa / comunicação social como um espaço de participação cívica, de reflexão sobre a nossa sociedade.
Considerando que quando tinha quinze anos ainda vivíamos no antes do "25 de Abril", sei bem a diferença de tratamento e o controlo que então existia.
Com a revolução, cantei a liberdade e a democracia.
Hoje, trinta e cinco anos depois, preocupa-me o estado a que a liberdade de pensamento e de expressão chegaram.
Os jornais, as rádios e as televisões sentem profundas pressões para que apenas o discurso oficial do poder passe.
Por diferentes meios, económicos, comerciais, jogos de interesses, condicionam jornalistas, opinadores, bem como as chefias de redacção e as administrações.
É assim nos grandes grupos, tal como o é, de certeza ainda de forma mais vincada, nos pequenos órgãos de comunicação social.
Vem tudo isto a propósito da minha participação hoje num almoço de apoio ao jornal "O Basto", que está a sofrer ataques impróprios num estado livre e democrático.
Mas é o preço de uma voz que se quer livre e independente.
Para seguir a voz do poder já temos outros meios de comunicação social.
Continuemos na luta pela liberdade de imprensa!
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