Desde há um ano, altura em que Manuela Ferreira Leite iniciou a sua campanha para a liderança do PSD, que as questões sociais têm vindo a ganhar uma maior projecção.
Claro que a par do empobrecimento contínuo, do desemprego, das doenças, que grassam na nossa sociedade, exige-se que quem governe tenha uma visão mais humanista, mais solidária, mais social.
Manuela Ferreira Leite centrou a sua mensagem, o seu programa, a sua acção na denúncia da falta de apoio social àqueles que mais precisam.
Hoje, o discurso político de todas os partidos e dos seus líderes é marcado por afirmações e propostas nesta área.
Contudo, se olharmos para trás, não tinham já sido anunciados e lançados projectos e medidas para combater as necessidades sociais?
Afinal, foram ou não implementadas essas medidas?
Para onde foram os milhões de euros anunciados?
Sim, perguntas, porque na realidade não vemos os efeitos.
Uma das medidas mais sonantes tinha sido a criação de uma Rede Social que, presumivelmente, coordenaria e estruturaria as diferentes ofertas sociais a nível local, regional e nacional.
Se na teoria esta medida até podia ser ajustada, na prática nem sempre assim aconteceu.
Vejamos o caso do nosso concelho.
Como se compreende que a Santa Casa da Misericórdia tenha sido marginalizada neste processo? Deve ser caso único a nível nacional.
Como se entende que o Núcleo da Cruz Vermelha do Arco de Baúlhe, que já desenvolve um vasto serviço social, tenha sido preterido como parceiro local, no domínio do apoio social , em detrimento de uma associação recreativa, até então sem qualquer acção social?
Como se entende, hoje, o bloqueio que a Câmara Municipal fez, há meia dúzia de anos atrás, à criação da Unidade de Cuidados Continuados a instalar no antigo edifício do Hospital?
Quem foi prejudicado por isso: os Cabeceirenses ou a Santa Casa?
Claramente os Cabeceirenses!
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