Protegidos pela liberdade de expressão que a lei britânica lhes garante (e pela Polícia), militantes islâmicos queimaram bandeiras americanas diante da embaixada dos EUA em Londres gritando contra a democracia, a liberdade e... a liberdade de expressão, a pretexto da ameaça do pastor de nome "montypythoniano" de uma pequena seita evangélica da Florida de queimar exemplares do Corão a 11 de Setembro.
Esta gente tem um mérito: não esconde ao que vem nem os métodos de que está disposta a servir-se para lá chegar. "A democracia, a liberdade e os direitos humanos não têm lugar" no Islão, afirmou (já cá se sabia, mas foi simpático que no-lo tenha lembrado) na quinta-feira em Qom, Irão, o imã Mesbah Yazdi, um dos líderes espirituais da ditadura de Ahmadinejad.
Menos respeitável, porque não se trata de fanáticos de uma qualquer religião (a não ser a dos próprios interesses políticos), é o silêncio paternalista e "multicultural" sobre tudo isto dos "imãs" do BE e do PC, sempre tão faladores acerca de "liberdade", "democracia" e "direitos humanos" quando entram em cena outras causas ou outros intérpretes.
Manuel António Pina
In: JN, 14/set/2010
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