sábado, 18 de setembro de 2010

PROSTITUTOS-DE-SEDA...


Fico espantado com tanta prostituição… palavra que sim! E os prostitutos e as prostitutas não são (só) aqueles e aquelas que vendem seu corpo aos outros, saciando-lhes o desejo sexual animalesco, descontrolado, falseado, secreto e até… proibido! Estes e estas praticam uma prostituição, ainda que reprovável e abominável, mas quantas vezes de sobrevivência, de fragilidade, de desespero e até de… heroicidade! Assim, ainda que lamentando estes e estas, confesso que me espanta e enoja ainda muito mais um outro tipo de prostituição, que é exercida por todos aqueles e aquelas, que se submetem à vontade e ao poder dos poderosos (chefes, directores, presidentes, gerentes) lambendo-lhes as mãos e as botas, sem ousarem sequer pestanejar perante as suas orientações e vontades! E, na verdade, a sociedade actual está cheia desta cambada de prostitutos e prostitutas, que deixaram de pensar, de reflectir, de questionar, de inovar, de sugerir, de contestar, de lutar, de combater… Não, simplesmente obedecem, ajoelham, acenam que sim a tudo, esvaziando-se do seu saber, da sua honra, da sua ética, da sua moral, dos seus princípios, da sua vontade, do seu amor. Acenam sempre que sim, obedecendo de forma cínica, risonha, simpática, bajuladora, não hesitando em munir-se de todas as estratégias para alcançarem os seus objectivos, ou como diz o povo, de “atingir seus fins, sem ligar aos meios”. E tudo vale nesta luta desenfreada, desumana e sem-vergonha, desde a calúnia à traição e à hipocrisia…Confrontamo-nos no dia-a-dia com este tipo de prostitutos-de-seda, que nas mais diversas profissões tentam ascender aos cargos mais altos, ou aos lugares mais relevantes ou “à sombra da bananeira”, borrifando-se para os seus colegas de profissão, que menosprezam no dia a dia laboral. Acredito que haja destes prostitutos em todas as profissões, nelas se comportando de maneira calculista, nada dizendo que ofenda o superior, mas logo lhe levando as novidades de alguém que ouse “sacudir a carga” ou “balancear o jugo”. Raça maldita, que nada de bom trazem, semeiam, dizem ou afirmam! Só baixam os olhos quando por nós passam, não conseguindo aguentar o nosso olhar transparente cristalino, como que envergonhados da sua própria estupidez, mirada no espelho de nós, que teimamos em manter-nos… fiéis, competentes e combativos!
Aqui vos deixo um texto de um colega e amigo, Eduardo Ribeiro Alves, inserto no seu blogue: http://eduardus.blogs.sapo.pt/8048.html

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