Como muitos neste país, entendi, desde a primeira hora, que esta deveria ser a atitude a tomar.
Em primeiro lugar, para honrar a confiança que nele foi depositada pelo Sr. Presidente da República.
Em segundo, porque sempre entendi que quem exerce cargos públicos não só tem de ser sério, como parecê-lo.
Ora o Dr. Dias Loureiro esteve e está apenas sob suspeita.
Não foi pronunciado, nem foi acusado de qualquer crime.
Os motivos pelos quais está nas bocas do mundo são do domínio privado (gestão de um banco privado), não obstante ter reflexos na sociedade e nos poderes públicos.
Nem por isso e não obstante a presunção de inocência, devia ter pedido, de imediato, a renúncia ao cargo.
Porém não é o único que o devia fazer.
No Conselho de Estado tem assento, por inerência das funções de Primeiro-Ministro, quem está também debaixo de vários processos de suspeição.
Suspeição essa decorrente de actos praticados no exercício de funções públicas e governativas, o que se torna muito mais grave.
Se um grande número de portugueses pediam a renúncia do Dr. Dias Loureiro, como entender que o não façam para com o "Eng.º" José Sócrates?
Como não ter idêntica posição sobre o caso do Procurador Lopes da Mota?
Será que as regras deontológicas e da ética republicana só se aplicam a alguns?
Bem diz o ditado "à mulher de César não basta ser séria, é preciso parecê-lo".
Neste nosso cantinho, isso não parece...
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