O 1.º de Maio é, internacionalmente, designado pelo Dia do Trabalhador.
Tem direito a dia feriado, o que neste ano foi prejudicado por ocorrer a um sábado.
Mesmo assim, milhares de trabalhadores beneficiaram deste feriado.
Mas para que servirá, nos dias que correm, as comemorações deste dia?
Com os níveis de desemprego que há, com a crise que se instalou, os trabalhadores cada vez "comem menos e calam".
Lutar significa acabar no desemprego.
Já que não falta quem aceite as condições miseráveis que, por vezes, são impostas aos trabalhadores.
Sempre será melhor que continuar desempregado. Mais vale pouco que nada.
E com esta mentalidade, com esta estratégia de subjugação, vai-se perdendo o respeito, a dignidade profissional, qualquer que ela seja.
Daí à discricionaridade, ao arbítrio, ao abuso, à ditadura é um pequeno passo.
O Dia do Trabalhador deve, portanto, continuar a ser a ocasião para solidariamente se fazer valer os princípios e o respeito que se deve ter por quantos exercem as suas profissões em prol da comunidade.
Ninguém vive por si. A sociedade tem de viver de todos. Com respeito, com dignidade.
Portugal vive momentos difíceis. Mas não é por isso que teremos de pôr em causa os trabalhadores. Não é por eles que assim estamos. Mas têm sido os trabalhadores a pagar a maior fatia da factura. É tempo de mudar de agulha.
Respeitar quem trabalha, dignificar os trabalhadores é um primeiro passo para construir uma sociedade evolutiva. É a primeira condição para se sair da crise.
Veremos se os responsáveis políticos sabem seguir esse caminho.
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