O ano de 2009 foi ano de várias eleições. Primeiro as europeias, depois as legislativas e terminou com as autárquicas.
Ao longo do ano, quer aqui neste espaço, quer no meu blogue, fui dando conta da minha apreensão pela ausência de oposição(ões) neste concelho.
Volvidos mais de seis meses sobre este ciclo eleitoral e prestes a entrar num outro que passará por eleições presidenciais, seguidas ou não de novas legislativas, continuamos na mesma: órfãos de uma alternativa.
Há alguns meses atrás, foi prometido, num prazo de dois meses, que a Comissão Política Concelhia do PSD apresentaria um novo projecto para o ciclo que se avizinha, tendo já em vista as próximas eleições autárquicas.
A promessa foi feita, pelos vistos só para a ocasião.
Pelo meio já houve a eleição da nova Comissão Política Distrital, onde, muito bem, tem assento o vice-presidente da concelhia, o Dr. José Joaquim Teixeira.
Contudo, isso não tem bastado para que apareça, de vez, um projecto, uma equipa, que possa almejar o objectivo fundamental que é criar uma verdadeira e válida alternativa ao poder instalado há longos e penosos anos nos paços do concelho.
Creio que sem um percurso de oposição, um percurso de construção colectiva de ideias e projectos, não é possível aparecer, em eleições, a reclamar apoio e confiança para assumir os destinos do concelho.
Como na velha fábula da cigarra e da formiga, quem não arrecadar no verão não terá para o inverno. E os tempos já não estão para as cigarras…
Por isso, aqui deixo mais este alerta.
Como diz o ditado, quem avisa amigo é!
Top 5 no desemprego
Há dias tomei conhecimento da listagem dos níveis de desemprego por concelho e sobre o assunto deixei um artigo no meu blogue. Reproduzo aqui o essencial.
Infelizmente, Cabeceiras de Basto ocupa o quinto lugar a nível nacional, com a taxa mais elevada (19,8%). Celorico fica-se pelo décimo lugar com 18,5%, Ribeira de Pena em décimo nono lugar com 16,4% e Mondim de Basto em trigésimo lugar com 15,4%.
A região de Basto tem assim das taxas de desemprego mais elevadas do país. Cabeceiras, lamentavelmente, tem o pior resultado dos quatro concelhos da região. Isto só vem reforçar os comentários já feitos neste espaço.
Os cabeceirenses têm de reflectir sobre o modelo de desenvolvimento que desejam para o seu concelho. O resultado da política seguida ao longo de longos anos aí está bem reflectido nos resultados que são significativos.
Publicado na edição de "O Basto", de Maio de 2010
Fonte: Sol - Confidencial, de 7 de Maio de 2010
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