segunda-feira, 28 de junho de 2010

Desemprego aumenta


Tenho dedicado bastantes post's à questão do desemprego, já que o considero o maior flagelo para um trabalhador, nos dias de hoje.
Quem tem emprego contribui para a riqueza nacional, mas assegura também a sua própria riqueza e independência: um salário.
Quando perde o emprego fica numa situação de vida precária, sem rendimentos e agora sem esperança de voltar ao mundo do trabalho. Um drama!
No nosso concelho, os índices de desemprego não cessam de aumentar.
Segundo os dados de Maio e publicitados pelo Correio do Minho, "os desempregados registados pelo IEFP subiram nos concelhos de Cabeceiras de Basto, Fafe, Póvoa de Lanhoso, Vieira do Minho e Vila Verde".
Ainda recentemente, um periódico local, fazia uma vasta abordagem sobre as medidas de combate ao desemprego no concelho, que a autarquia já vem desenvolvendo há tempos.
Das duas uma ou as medidas são poucas ou são erradas, já que os dados registados vêm mostrando um sucessivo aumento do desemprego.
Aliás, já Vítor Pimenta, num post do seu blog, anotou a necessidade de se conhecerem os resultados de um projecto de desenvolvimento empresarial.
Tenho para mim, é minha opinião, que não há medidas de combate ao desemprego. O que há é mecanismos de apoio à economia, aos investidores.
Não há desenvolvimento económico num clima de instabilidade, de falta de confiança no mercado.
E cá pelos nossos lados não há políticas estáveis, uma linha de orientação definida e assumida, a não ser a de uma forte intervenção municipal em todas as áreas de actuação.
Parafraseando, novamente, Vítor Pimenta, "por outro lado, a Câmara Municipal é actualmente a maior entidade empregadora do concelho, com gastos absurdos com pessoal que em nada resolvem a notável burocracia e a confusão de alguns serviços e dos licenciamentos. Há também a cultura generalizada de que os Paços do Concelho são a origem e a solução dos problemas, agravando-se o sentimento controleiro e de triagem pessoalizada em tudo o que é vida económica e empresarial do concelho. Isto asfixia a livre iniciativa e entorpece qualquer investimento e avanço sociológico, pelo factor psicológico per si.
Neste sentido, é preciso bem mais e melhor do que se tem feito para modificar estes resultados. E isso, como se pode constatar, não passa por mais estradas, edifícios ou a contratação avulsa de gente, mas sim por um progressivo esvaziamento do peso da Câmara Municipal na vida socioeconómica e cultural cabeceirense e uma mudança do paradigma de actuação."
Aqui está o verdadeiro motivo do nosso esvaziamento económico e social.
Ali radicam o desemprego, a emigração, a desestruturação familiar, o abandono dos lugares serranos, a perda de empresas.
Se a tudo isto se juntar uma profunda crise económica internacional, temos um situação complicadíssima.
Razão pela qual lhe dedico particular atenção.

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