Morreu Saramago e ainda ecoam comentários sobre o seu funeral.
Melhor seria que se falasse da obra e da pessoa de Saramago.
Mas os portugueses têm a mania de falar do acessório.
Que interesse tem se o Presidente da República foi ou não ao seu funeral?
Todos sabemos que se tivesse estado presente, os mesmos que hoje o criticam estariam também a verberar a sua presença.
Por isso, o que verdadeiramente se torna importante é reflectir sobre os contributos que Saramago deu a Portugal e à sua Língua.
Não sou um apreciador do escritor e muito menos do seu posicionamento filosófico e político.
Mas não deixo de lhe reconhecer méritos como escritor e coerência intelectual.
Já não direi o mesmo quanto a algumas das suas atitudes.
Como entender os ataques que fez a Portugal, quando por cá os dirigentes políticos não o apreciavam e disso deram nota?
Como entender o seu exílio voluntário em Espanha, como acto de hostilidade para com a sua Pátria?
Mas quando teve problemas com o fisco espanhol, lá voltou a Portugal...
Mal-grado todas estas questões, Saramago é um símbolo nacional da nossa literatura.
Como tal tem um lugar na nossa História.
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