segunda-feira, 21 de junho de 2010

Em crise

Em crise

Quando chegam os ventos de uma crise, seja ela qual for, os mais desprotegidos são aqueles que mais sofrem.

Sempre assim foi e é natural que assim seja.

É assim com as pessoas, como o é com as organizações e os países.

Quando nos Estados Unidos da América começaram a surgir os primeiros problemas financeiros, a Europa começou a temer o pior. Como habitualmente…

A crise instalou-se na Europa. Era suposto que os países mais pequenos e mais susceptíveis da abertura dos mercados tomassem de imediato medidas para anteciparem os seus efeitos devastadores.

Mas não. A Grécia, a Espanha e Portugal continuaram alegremente a resvalar no plano inclinado de um défice galopante, de um endividamento desmesurado, de um consumismo injustificado.

Em vez de falarem verdade aos seus cidadãos, de assumirem um estado de emergência, em vez de pensarem em poupar, de tomar medidas de contenção, os governos destes países continuaram a alhear-se da realidade.

Em poucos meses, estes países viram disparar o desemprego e um conjunto de restrições que os mercados impuseram, mesmo a quem sempre os negou.

Diz o ditado que quem não tem dinheiro não tem vícios.

Ora, nós, portugueses, passámos os últimos quinze anos a gastar o que não tínhamos, a gastar por conta, a aumentar a dívida externa.

Agora, não temos quem nos empreste, ou melhor para nos emprestarem temos de pagar muito mais caro. Neste caso, como se costuma dizer, sai mais cara a salsa que o peixe.

Assim sendo, ficamos com a mão no ar, mas deixou de aí cair nem que seja uma pequena esmola.

É certo que a crise é um fenómeno global. Todos os países são atingidos. Só que uns mais do que outros. Como sempre, os mais pobres e carecidos são os mais atingidos. São os que mais devem, são os que mais gastam, são os que mais sofrem.

E muitos de nós portugueses sofrem mesmo muito!

Acabou a época

Terminou a época desportiva. Os clubes de futebol da nossa terra tiveram uma época pouco favorável. O Atlético Cabeceirense arrastou-se, durante toda a época, acumulando derrotas e dezenas de golos sofridos. O Desportivo do Arco ainda almejou a subida de divisão, mas claudicou nas últimas jornadas. Alvite, Cavez e S. Nicolau fizeram campeonato modesto, mas dentro daquilo que são, também, as suas expectativas.

O que não se compreende é o que se passa com o Atlético Cabeceirense. Mesmo sendo apoiado financeiramente pela Câmara Municipal, apresenta dificuldades financeiras e viu-se obrigado a jogar com jogadores da casa, nomeadamente juniores.

Parece estarem a colher os frutos de uma política desportiva que teve outras cambiantes ao longo dos últimos anos.

A Contacto, em futsal, depois de fazer uma primeira volta de luxo e terem assegurado a manutenção, que era o objectivo, desleixou-se e perdeu muitos pontos.

Aprende-se a jogar e a ganhar, mas também se aprende a perder…

Publicado na edição de Junho de "O Basto"


Sem comentários:

Enviar um comentário