Como estava escrito nas estrelas, há muito, o céu caiu sobre as nossas cabeças.
Já aqui escrevi, e afirmei noutros locais, que era iminente este cenário.
Mesmo não sendo economista, podia adivinhar a situação, tais eram os sinais da crise. Tais eram e continuam a ser os tiques despesistas de quem nos governa. Tais eram os cenários fictícios que nos propunham à consideração.
Ontem, chegou, enfim, o veredicto.
Cortes drásticos nos que estavam mais à mão: os funcionários públicos, os pensionistas, mais todos os cidadãos, através do aumento do IVA.
É este agora o discurso do nosso primeiro. Daquele que, ao longo de 2009, prometeu benesses, prometeu o paraíso. O que distribuiu subsídios, Magalhães, aumentos, negociou a revalorização das carreiras, lançou as megas obras públicas. Daquele que, durante o ano de 2010, se congratulou com os êxitos da nossa economia, que criticava todos quantos punham em causa o estado da nação, que assegurava o cumprimento das medidas orçamentais.
Mas como mero gestor de negócios, sempre que saía do País e era repreendido pela comunidade internacional, chegava cá e adoptava, uma após outra, as medidas que, em Bruxelas ou noutros centros de poder económico, lhe impunham.
Foi assim no PEC I, depois no PEC II, agora na hecatombe do PEC III, e só esperemos que não passe daqui. Nem se imagina o que seria um novo PEC...
Ora, este primeiro foi aquele que nos tem prometido o Estado Social. A defesa dos mais desprotegidos, o direito à saúde e à educação para todos.
Com estas medidas, lá vai o Estado Social pelos ares. Não há dinheiro para coisa nenhuma. Chega-se ao ponto de cortar nos abonos de família, nos apoios sociais.
Agora que eles verdadeiramente fariam falta!
Mas claro, quem esbanjou no Verão, tal como na fábula da cigarra, não guardou paro o Inverno.
E assim, com a bancarrota Sócrates (como o designou António Lobo Xavier, na Quadratura do Círculo, de ontem) chegámos ao Estado Social(ista), ou seja a miséria para todos.
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