Nada que não estivesse previsto, que há muito não se soubesse, mas que só agora foi definitivamente confirmado.
Cavaco Silva completa o seu primeiro mandato, fiel ao compromisso que assumiu com os Portugueses: ser o fiel zelador das normas constitucionais que jurou cumprir, exercer as suas funções de forma independente das forças políticas e partidárias, preservar a estabilidade política e ter uma postura de solidariedade institucional com o Governo.
Se as duas primeiras condições até nem seriam de difícil cumprimento, a convivência com um governo e com um primeiro-ministro que andaram de "trapalhada" em "trapalhada" (o que diria Sampaio?!!!), foi um exercício deveras difícil, que podia ter comprometido as restantes.
Mas Cavaco Silva sempre foi fiel ao seu compromisso.
Obviamente que não se lhe podia pedir que apoiasse todas as ideias e propostas do Governo, mas nunca deixou de promulgar os documentos que o governo lhe propôs para assinatura.
Por várias vezes, chamou a atenção dos portugueses para os perigos das medidas que estavam a ser aprovadas, mas nunca promoveu o contra-poder. Sempre exigiu que esse papel fosse desenvolvido e assumido pelos partidos políticos.
Ao apresentar a sua recandidatura, podemos apontar-lhe muitos defeitos, aqueles que decorrem de não vermos feito aquilo que cada um de nós desejaria, mas não podemos deixar de reconhecer que ele fez tão somente aquilo que prometeu a todos os portugueses.
Só por isso já valeu a pena.
Saber que ainda há políticos que sabem cumprir o seu papel e a sua palavra.
Por isso e por muito mais, terá o meu apoio.
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