O dia de ontem ficou marcado pelos comentários sobre a visita de Ferreira Leite à Madeira, de Alberto João Jardim.
Não quero ser acusado de só criticar o PS.
É óbvio que não me revejo em muitas das atitudes de AJJ.
Bem sei que tem comportamentos pessoais e políticos reprováveis.
No entanto, há duas coisas que lhe dão crédito:
1- Sendo o mais antigo dirigente político em exercício de funções, nunca foi acusado de exercer o poder em benefício próprio. Coisa que muitos dos dirigentes continentais não podem aduzir.
2- A Madeira pode consumir um orçamento recheado, mas as obras, os benefícios para as populações, a qualidade de vida no arquipélago, estão muito acima daquilo a que estamos habituados pelos nossos lados. Não é por acaso que a esmagadora maioria dos madeirenses apoia AJJ. As verbas são gastas em obras, não em negociatas.
Claro que estes argumentos não são válidos só por si.
A necessidade de cumprir as leis e respeitar as regras democráticas estão para além dos votos.
Mas em política é assim um pouco por todo o lado.
Sócrates não visita outros locais (concelhos ou países) onde há também acusações de défice democrático?
E nesses casos também não fica calado ou até fica satisfeito pelo apoio recebido?
Ou como entender que Jaime Gama, insuspeito socialista, tenha visitado a Madeira, enquanto Presidente da Assembleia da República, e não tenha poupado elogios a AJJ?
Reconheço que todo o poder procura exercer um controlo excessivo.
Nesses casos poder-se-á afirmar que há défice democrático.
Na Madeira, como em qualquer outro local.
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