terça-feira, 15 de setembro de 2009

Razões para votar PSD 1

Com a campanha eleitoral em marcha, as posições individuais são assumidas.
Como já sabem sou militante do PSD.
No entanto votar, nesta ocasião, em Manuela Ferreira Leite não é apenas o mero voto militante.
Há várias razões, que enumerarei ao longo dos próximos dias.
Hoje apresento a primeira: a credibilidade.
Como podemos querer para primeiro-ministro uma pessoa que é reconhecida por todos, indistintamente da origem partidária, como mentirosa?
Atributo que lhe adveio do facto de ter feito exactamente o contrário de tudo aquilo que prometeu há quatro anos. Prometeu emprego, deu desemprego, prometeu não subir os impostos, fez o contrário e até criou novas taxas, prometeu melhor educação e criou a maior guerra de que há memória nas escolas.
Como podemos aceitar eleger quem está debaixo de fogo em múltiplas situações não cabalmente esclarecidas (Feeport, Cova da Beira, projectos na Câmara da Covilhã, percurso académico, caso TVI).
Ora, entre Sócrates e Ferreira Leite não há comparação possível neste domínio.
Ela tem um percurso académico, profissional, político de uma muito maior credibilidade.
Todos nós podemos ter melhor ou pior impressão pessoal e política dela. Já teve, enquanto ministra, várias medidas que não foram bem aceites, mas em nenhuma delas esteve em causa a credibilidade pessoal ou política.
Assim sendo, fica a ganhar neste domínio. Por isso merece o meu voto e o meu apoio público.

2 comentários:

  1. Mas ao votar em MFL não se vota apenas nela, mas sim num conjunto de deputados. Para além disso a credibilidade dela até pode ser melhor que a de Sócrates, já a do PSD acho-a tão boa como a do PS. Há o caso Freeport (nada provado até agora), mas também há o caso BPN (algumas coisas provadas, e outras por provar, que da mesma forma que o caso Freeport, levantam suspeição relativamente a membros do PSD). Também não esqueço o governo de Durão Barroso e de Pedro Santana Lopes, com muitas promessas também por cumprir, com a Cimeira das Lages e com a "fugida" pra Comissão Europeia sem dar explicações ao País e aos eleitores que votaram nele. Também não esqueço a instabilidade interna que se vive no PSD desde essa altura com lideranças atribuladas e pouco duradouras (Santana Lopes, Marques Mendes, Luís F. Menezes, e a actual líder). Penso que em matéria de credibilidade PS e PSD estão muito próximos um do outro. Não leve a mal, mas é a minha humilde opinião. Acho porém, que deve apresentar outros argumentos para convencer os eleitores a votarem no PSD.

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  2. Mais uma vez obrigado pelo seu contributo.
    É na divergência que se pode construir um pensamento novo. Por isso não tenho que levar nada a mal, bem pelo contrário é minha intenção desencadear o debate, a troca de opiniões.
    Ao longo dos próximos dias apresentarei outros argumentos, conforme prometi.
    Já agora, quanto aos argumentos que usou, registo:
    1- não contesta a maior credibilidade de MFL em relação a JS;
    2- se fossemos analisar a lista de deputados, nem sei bem por onde se poderia começar, pelo que não começo mesmo;
    3- quanto ao caso Freeport é radicalmente diferente do caso BPN. Enquanto no primeiro é o próprio primeiro-ministro a estar envolvido, enquanto membro de um governo, Dias Loureiro está envolvido em negócios privados e com entidades privadas;
    4- quanto à governação de Durão Barroso e Pedro Santana Lopes, temos de referir que foi um governo que resulta do pântano deixado por Guterres, sem maioria de um só partido, com um presidente da república em oposição permanente e que durou cerca de três anos. Quanto a confusões, o governo de JS não lhe fica nada atrás;
    5- quanto à questão das Lages e no apoio aos EUA, mais não fez do que os trabalhistas ingleses de Tony Blair, que suponho não oferecem dúvidas quanto ao seu posicionamento político;
    6- por fim, quanto aos problemas internos do PSD, só posso dizer que são idênticos aos do PS. Aliás estando no governo e em maioria, no PS chegou a haver a tentação de se criarem facções alternativas. Muito para além das divergências de opinião. Exclusões há-as dos dois lados. Como bem disse, questões de credibilidade PS e PSD estão muito próximos um do outro, pelo que para desempatar fica a questão do líder.
    Neste particular, parece que estamos de acordo.
    Ferreira Leite ganha a José Sócrates.

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